Para sermos felizes, precisamos amar.
Em primeiro lugar, a nós mesmos, procurando resolver as inquietações interiores, tentando compreender o porquê das tristezas que assomam sem que pareçam ter alguma ligação com a nossa realidade, enfim, nos aceitando.
Parece uma receita fácil, mas sabemos que não é. Exige que deixemos um pouco de lado a rigidez e as exigências de perfeição, pois sem isto, viveremos sempre a nos julgar culpados e inadequados. Dizendo isto, não penso que devamos ignorar nossos erros, mas acho que é necessário que nos perdoemos e usemos a energia do amor para nos modificarmos, andando sempre pra frente.
Em seguida, e só nesta ordem, podemos começar a amar o outro. Aquele que é parecido conosco em essência, mas que na verdade é tão diferente de nós também. Normalmente, com o mesmo peso que usamos para nos julgar, analisamos os erros dos demais. Se nos perdoamos, mesmo que em meio à tristeza de termos mais uma vez errado, também conseguimos relegar e aceitar o outro com suas fraquezas.
Amar o que fazemos é fundamental! Pois tudo que é feito com amor dá bons frutos, é valoroso, tem mais chance de ser apreciado. Seja o que for que estivermos fazendo naquele momento mágico chamado presente, que seja feito de forma amorosa, como se estivéssemos trabalhando para Deus, pois na verdade Ele está em cada pessoa em torno de nós. Desta forma, se não tivermos recompensa financeira pelo feito, a alegria e o bem-estar que sentiremos logo após serão nossas e estaremos muito bem pagos.
Amar a Natureza, que é nossa casa, da qual dependemos e com a qual interagimos constantemente. Somos parte dela, estamos nela e ela em nós. O que fizermos de mal a ela, na verdade estaremos fazendo a nós mesmos.
Imaginem comigo um mundo - que já se anuncia - em que se vivesse assim. Que paraíso, que lugar harmonioso, alegre, feliz! Para isto precisamos nos preparar e ajudar nossos filhos e amigos também, todos aqueles aos quais tivermos acesso. Começando sempre por nos curar.
De dentro, pra fora, construiremos um ambiente pacífico, amoroso e equilibrado. Este sentido de caminhar precisa ser obedecido. Ou os resultados não serão eficazes.
Só podemos dar o que temos e refletiremos, em torno, exatamente o que somos. As máscaras sociais, embora muitas vezes necessárias, são precárias e caem a todo instante. Busquemos nos fortalecer através do autoconhecimento, da busca de nossa essência, pois ela nos mostrará sempre o caminho mais adequado para cada um de nós.
Guardemos energia, no dia-a-dia, para este trabalho de questionamento íntimo, de busca de respostas interiores, de meditação, de silenciar e escutar uma voz que só nos fala quando estamos quietos e serenados, relaxados.
Para que corrermos tanto, nos estressarmos, buscarmos possuir coisas que logo, em pouco tempo, se desfarão, pois não passam de ilusão?
Que ao nascer de um novo dia, sempre pensemos primeiro em nos ligarmos ao Eu interior, a Deus, pedindo-Lhe que nos assista em todos os instantes que virão e que, em cada momento de intervalo, no trabalho, nas filas, enquanto dirigimos, façamos novamente este movimento, fortalecendo a união com o divino em nós, nos equilibrando e afastando o medo e as dúvidas.
Assim, substituiremos a frustração por um entendimento maior, que não se abala com problemas pequenos, mas insere-os num contexto mais amplo, aceita e espera...
Enfim, temos em nós as respostas, se as procurarmos com dedicação e temos também a força para recomeçar sempre. Este amor que é a vida em nós precisa se expressar... É preciso fazer pulsar e distribuir este afeto, para que o mundo se torne o local bonito que pode ser, onde todos nos respeitaremos e nos perdoaremos como o fazemos com nós mesmos.
Já podemos viver assim. Precisamos tentar e perseverar e tudo o mais se arrumará em torno da cada um de nós.
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