Tudo que Deus criou ... foi pensando em você!

sábado, 30 de outubro de 2010

Rumos que devemos buscar na Vida com confiança

Muito do nosso aprendizado se dá no dia-a-dia... nas coisas que observamos... nos movimentos externos e internos e, se estamos dispostos a crescer, o nosso dia nos traz todo material que precisamos para isso... em sincronicidades... em sentimentos... encontros inesperados e em muitas outras maneiras que a vida tem para nos facilitar nesse caminho do autoconhecimento.

Grande parte desse aprendizado gira em torno do desapego a coisas que enchem nossos armários, internos e externos... Nos armários externos guardamos coisas e coisas... e mais coisas... dentro de nós guardamos memórias... que geram muitas coisas...
Um grande banco de memórias que, da maior parte, nem temos consciência, mas que ocupam espaços e ditam nossa reação à vida dia após dias.

Guardamos tantas coisas... dentro e fora, porque não confiamos no presente...

Claro que nos nossos armários externos buscamos guardar coisas que "acreditamos" ser boas e úteis... mas essa boa intenção nos faz acumular muitas coisas...
Mesmo que não tenham utilidade hoje, com certeza terão alguma serventia no futuro... pensamos... Ou então, são tão bonitas que não conseguimos nos desfazer delas... Outras ainda nos lembram situações ou pessoas... enfim guardamos muitas coisas por apego ao que passou ou apego ao futuro onde poderão ser úteis... Mas, quantas dessas coisas que guardamos são realmente úteis no nosso presente e quanta coisa está só ocupando espaço...

Nas memórias, então... guardamos experiências boas para tentar repetir no futuro... experiências ruins para tentar evitar no futuro... guardamos o passado para servir de modelo, e o que acontece é que, esses modelos velhos e ultrapassados continuam determinando a nossa reação ao presente... continuam nos impedindo de viver o "aqui e agora" em sintonia com a nossa vida...

Limpar as memórias... e arrumar armários pode ser um grande exercício de desapego... e é incrível que quando limpamos dentro, fica muito mais fácil nos desapegar de muitas coisas que estavam só ocupando espaço nas nossas vidas....

Guardamos coisas para o futuro porque não confiamos no presente... não confiamos que tudo que precisamos nos chega, sem esforço quando estamos no "aqui e agora"
Esquecemos que não precisamos acumular coisas... nem memórias... para garantir o futuro, porque nossas necessidades futuras não serão preenchidas pelo passado.

O apego ao passado... ao conhecido... não nos deixa receber o fluxo abundante, de todas as coisas boas, que estão sempre disponível no eterno "presente" . Coisas que podem ser muito diferentes daquelas que guardamos... e que estamos apegados a elas... mas com certeza é o que precisamos a cada momento...

Se estamos apegados ao passado, seja em objetos ou em soluções nunca saberemos que existem coisas que podem nos surprender por serem perfeitas ao nosso momento.

Às vezes, coisas simples... onde buscávamos o complicado, é que vão nos fazer felizes...
Outras vezes do inesperado é que chegam as soluções que nos surpreendem pelos caminhos que percorreram para chegar até nós... Caminhos que se tentássemos criar com nosso conhecimento acumulado e guardado... jamais conseguiríamos.

Mas a vida está batendo à nossa porta, pronta para entrar... a cada dia... e sempre é hora de limpar os armários... e as memórias, e abrir a porta para o fluxo abundante da felicidade... que é nosso direito divino...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quando nem tudo é como a gente quer...

Sempre quando as coisas me desagradam, repito essa frase para eu mesmo, porque aprendi que precisamos trabalhar em nós o contentamento. Precisamos aprender a aceitar as coisas e as pessoas como elas são, sem muitas cobranças, sem muitas expectativas, tentando manter a auto-estima quando ouvimos um não e, ao mesmo tempo, sabendo nos preservar quando é hora de ir embora.
Tudo uma questão de bom senso e de maturidade.

Hoje acho que o tempo pode, sim, correr a nosso favor, e não trocaria por nada deste mundo os meus tantos anos pelo meu tempo na juventude. Acho que cada ano que se passou trouxe uma quantidade enorme de aprendizado, de purificação espiritual e de aprimoramento.

Quando era mais jovem não sabia esperar, não sabia permitir a ação inexorável do tempo. Queria que as coisas acontecessem do meu jeito e sofri demais por conta disso. Mas achava que sofria por amor, pelas pessoas, pelo descaso de alguns, pela falta de entendimento com outros... Quando, na verdade, sofria por eu mesmo e por não compreender que de fato nem tudo é como a gente quer.

Pensando nisso, lembrei de São Francisco, ser de grande luz, que ensinou o amor e o desapego, patrono dos animais que agora também foi convocado para defender o meio ambiente... Aliás, nada mais natural para aquele que ensinou o respeito e o amor por tudo o que estava à sua volta. Ser tão iluminado que perdeu a noção do eu egoísta e assumiu o compromisso espiritual com o nosso eu generoso.

São Francisco para mim é o exemplo do contentamento, da aceitação das diferenças, da importância de dar amor, mesmo quando somos incompreendidos. Sinto que podemos tentar fazer isso, mesmo sem sermos santos... Podemos tentar começar essa tarefa de aceitação amorosa compreendendo aqueles que fazem parte do nosso círculo familiar. Mas concordo que pode ser difícil, não é amigo?

Sei que pode... Justamente porque é na família que encontramos nossos mais queridos companheiros e nossos mais complicados desafios kármicos, porém, lembrando que tudo isso acontece na energia do amor, que ora pode faltar, ora pode nos completar.

E já que nem tudo é como a gente quer, por que não abrir a visão e encontrar coisas que nos agradam, mesmo naquilo que temos que aceitar? Pois pode ser que justamente nesse mergulho para encontrar o bem, sejamos recompensados!

Imagino que não foi muito fácil São Francisco arrumar coragem para sair do seu mundinho e expandir sua luz. Penso que ele teve que ter um grande impulso para largar suas roupas, sua história, dinheiro, costumes de família e seguir a voz interior. Com certeza, ele percebeu que não poderia mais ser conivente com coisas e situações que agrediam sua fé e compaixão.

Trazendo esse exemplo para nossa vida, podemos perceber que em alguns momentos precisamos ser fortes para romper e, em outros, temos que ser ainda mais fortes para aceitar. O que não podemos é fechar os olhos para as experiências da vida quando já estamos prontos para aprender com os desafios. 

Acontecerão momentos que o certo será dizer não, e outros que o correto será ter humildade para dizer sim.


Boa sorte para nós...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A última e a primeira palavra

Com certeza, a vida não vem pronta. O tempo todo podemos interagir com as coisas à nossa volta. Podemos agir mal e podemos agir bem. Podemos nos magoar com as coisas que as pessoas nos fazem e podemos ter uma luz nesse momento, e entender que a pessoa está com problemas, e relevar atitudes grosseiras. Mas, se por acaso, estamos tristes, meio depressivos, ou confusos, uma pequena discussão pode ter enormes repercussões.

Conheci várias pessoas que romperam com a família, com um relacionamento, por conta de um mal entendido e, depois do fato consumado, não conseguiu voltar atrás. Pois é, amigo leitor, podemos piorar ou entender as coisas. Claro que em alguns momentos precisamos colocar limites, dizer o que pensamos, mas em outros momentos se percebemos que está acontecendo um engano da parte do outro, é preciso ter paciência e deixar aquilo passar.

Na eleição de 2010, no  primeiro turno, durante a votação, observei uma cena insólita. Estava trabalhando  como presidente de seção de voto em um colégio de Lorena, fiquei observando as pessoas, casais de mãos dadas, senhoras de idade acompanhadas pelos filhos, gente jovem conversando animadamente, enfim, uma multidão passou pelo andar onde trabalhei, mas o que me chocou foi ver na hora em que estava saindo para almoçar, um homem que quase atropelou um passante sair do carro e xingar o outro de forma descabida. Ele parou o carro, desceu e começou a insultar o homem que ele quase atropelou. O outro é claro que revidou, e o desfile de impropérios foi crescendo, sem que nem um nem o outro se desse por satisfeito. Cada um queria ter a palavra final, então, quando um falava uma bobagem o outro respondia.

Apenas quando eles se distanciaram e não podiam mais se ouvir é que a briga serenou. Como eu estava perto do carro, fiquei vendo o agressor entrar totalmente desarmonizado. Um verdadeiro show de horrores. As outras pessoas que estavam por perto ficaram de boca aberta com o ocorrido e, por coincidência, os guardas naquele momento tinham se afastado para ajudar um cadeirante.

Fiquei imaginando que aquele homem tinha que agradecer a Deus por não ter atropelado alguém, pois o outro poderia ter se ferido, ou até morrido, mas não... No auge do estresse ele gritou, agrediu, insultou.

Pensei que muitas vezes somos convidados a agir mal. Algumas situações tiram a gente do sério e se não nos cuidamos podemos fazer algo semelhante. Podemos reagir muito mal a algo externo, mas, com certeza, fazemos isso quando estamos afastados das orações, quando estamos preocupados com coisas para resolver, ou quando estamos com raiva reprimida e aquilo se torna o estopim da bomba emocional.

Por isso que precisamos da prática espiritual, precisamos meditar, participar dos grupos, trocar energia e, quando necessário,  fazer terapia. Precisamos nos expor para alguém, trocar sentimentos, aprender a ouvir o que as pessoas pensam sobre nós. Guardar sentimentos, reprimir emoções faz muito mal, e quando menos esperamos, podemos ser surpreendidos soltando uma explosão de atitudes grosseiras, palavras duras para o mundo à nossa volta. São fatos e situações que poderíamos evitar se estivéssemos em harmonia. Acho que a última e a primeira palavra deveria ser paciência.
 

 

sábado, 9 de outubro de 2010

Começa em cada um...

Para sermos felizes, precisamos amar. 

Em primeiro lugar, a nós mesmos, procurando resolver as inquietações interiores, tentando compreender o porquê das tristezas que assomam sem que pareçam ter alguma ligação com a nossa realidade, enfim, nos aceitando. 


Parece uma receita fácil, mas sabemos que não é. Exige que deixemos um pouco de lado a rigidez e as exigências de perfeição, pois sem isto, viveremos sempre a nos julgar culpados e inadequados. Dizendo isto, não penso que devamos ignorar nossos erros, mas acho que é necessário que nos perdoemos e usemos a energia do amor para nos modificarmos, andando sempre pra frente.

Em seguida, e só nesta ordem, podemos começar a amar o outro. Aquele que é parecido conosco em essência, mas que na verdade é tão diferente de nós também. Normalmente, com o mesmo peso que usamos para nos julgar, analisamos os erros dos demais. Se nos perdoamos, mesmo que em meio à tristeza de termos mais uma vez errado, também conseguimos relegar e aceitar o outro com suas fraquezas.

Amar o que fazemos é fundamental! Pois tudo que é feito com amor dá bons frutos, é valoroso, tem mais chance de ser apreciado. Seja o que for que estivermos fazendo naquele momento mágico chamado presente, que seja feito de forma amorosa, como se estivéssemos trabalhando para Deus, pois na verdade Ele está em cada pessoa em torno de nós. Desta forma, se não tivermos recompensa financeira pelo feito, a alegria e o bem-estar que sentiremos logo após serão nossas e estaremos muito bem pagos.

Amar a Natureza, que é nossa casa, da qual dependemos e com a qual interagimos constantemente. Somos parte dela, estamos nela e ela em nós. O que fizermos de mal a ela, na verdade estaremos fazendo a nós mesmos.

Imaginem comigo um mundo - que já se anuncia - em que se vivesse assim. Que paraíso, que lugar harmonioso, alegre, feliz! Para isto precisamos nos preparar e ajudar nossos filhos e amigos também, todos aqueles aos quais tivermos acesso. Começando sempre por nos curar.

De dentro, pra fora, construiremos um ambiente pacífico, amoroso e equilibrado. Este sentido de caminhar precisa ser obedecido. Ou os resultados não serão eficazes. 

Só podemos dar o que temos e refletiremos, em torno, exatamente o que somos. As máscaras sociais, embora muitas vezes necessárias, são precárias e caem a todo instante. Busquemos nos fortalecer através do autoconhecimento, da busca de nossa essência, pois ela nos mostrará sempre o caminho mais adequado para cada um de nós.

Guardemos energia, no dia-a-dia, para este trabalho de questionamento íntimo, de busca de respostas interiores, de meditação, de silenciar e escutar uma voz que só nos fala quando estamos quietos e serenados, relaxados.

Para que corrermos tanto, nos estressarmos, buscarmos possuir coisas que logo, em pouco tempo, se desfarão, pois não passam de ilusão?
Que ao nascer de um novo dia, sempre pensemos primeiro em nos ligarmos ao Eu interior, a Deus, pedindo-Lhe que nos assista em todos os instantes que virão e que, em cada momento de intervalo, no trabalho, nas filas, enquanto dirigimos, façamos novamente este movimento, fortalecendo a união com o divino em nós, nos equilibrando e afastando o medo e as dúvidas. 

Assim, substituiremos a frustração por um entendimento maior, que não se abala com problemas pequenos, mas insere-os num contexto mais amplo, aceita e espera...

Enfim, temos em nós as respostas, se as procurarmos com dedicação e temos também a força para recomeçar sempre. Este amor que é a vida em nós precisa se expressar... É preciso fazer pulsar e distribuir este afeto, para que o mundo se torne o local bonito que pode ser, onde todos nos respeitaremos e nos perdoaremos como o fazemos com nós mesmos.

Já podemos viver assim. Precisamos tentar e perseverar e tudo o mais se arrumará em torno da cada um de nós.

Equilíbrio

Há muito já sabemos que o desequilíbrio tem origens profundas em nosso espiritualismo, mas geralmente só conseguimos perceber isto quando as doenças físicas ou relativas a alma já se encontram instaladas.

Os problemas emocionais não resolvidos acabam por criar padrões negativos em nossa mente, levando-nos ao medo, à insegurança e a uma expectativa sempre voltada para acontecimentos ruins.

O resultado disto acaba se refletindo, invariavelmente, no funcionamento de nosso corpo. Se a mente tem tal poder, podemos, de maneira consciente, tentar modificar este padrão. O primeiro passo é observar o modelo usual de pensamentos que costuma prevalecer em nós.

Só o exercício de observação permanente sobre nossa própria mente nos permitirá perceber como ela atua, e refletir sobre as razões de cada conceito negativo que cultivamos. A resposta se encontra em nosso interior e de nada adiantará procurá-la do lado de fora.

O equilíbrio emocional é resultado de uma ação consciente e não será alcançado se não nos esforçarmos diariamente na busca deste objetivo.

Quanto mais desejosos estivermos de paz e serenidade, maiores serão as chances de que possamos vivenciá-las, pois a vontade é o motor essencial para se alcançar este estado.